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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

PESQUISA Pará tem 64,5% de famílias que recebem auxílio emergencial

 


A informação é do IBGE, com base em dados da PNAD Covid19. Estado foi o terceiro com mais famílias recebendo apoio durante a pandemia

 sexta-feira, 21/08/2020, 09:10 - Atualizado em 21/08/2020, 09:15 -  Autor: Luiza Mello/De Brasília

    

Em relação ao isolamento social, 46% dos paraenses entrevistados disseram ter saído só em casos essenciais
 Em relação ao isolamento social, 46% dos paraenses entrevistados disseram ter saído só em casos essenciais | Marcelo Seabra/Ag. Pará

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Mensal (PNAD Covid19) divulgada ontem (20), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram que 44,1% do total de domicílios brasileiros receberam algum tipo de auxílio emergencial relacionado à pandemia no mês de julho. No Pará foram 64,5% das residências beneficiadas com algum tipo de auxílio, a terceira unidade da federação com mais famílias recebendo apoio durante a pandemia, atrás de Maranhão (65,8%) e Amapá (68,8%).

De acordo com a pesquisa, todas as grandes regiões registraram aumento no percentual de domicílios recebendo o auxílio. Os maiores foram no Norte (60,6%) e no Nordeste (59,6%). Já no Sul, foram 30,9% dos lares. O valor médio do auxílio saiu de R$ 885 para R$ 896.

A Pnad Covid19 mostrou também que de junho a julho, a quantidade de pessoas desocupadas no Pará saltou de 385 mil para 421 mil, gerando um aumento na taxa de desocupação de 11,3% para 12,5%. Já na informalidade houve queda de 1,6 milhão de pessoas para 1,5 milhão em julho.

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Já o percentual de pessoas ocupadas, mas que estavam temporariamente afastadas do trabalho por causa do distanciamento social em julho começou a cair em praticamente todas as unidades da Federação. No Pará, 11,1% da população ativa respondeu que esteve afastada do trabalho para manter o isolamento social. O Amapá registrou o maior índice de pessoas nessa situação, 16,9%.

ISOLAMENTO

Quanto às medidas de isolamento social, no mês de julho, 46% dos entrevistados no Pará disseram ter saído de casa apenas para atividades essenciais, 22% adotaram isolamento rigoroso, 27% reduziram o contato (mesmo saindo de casa) e 5% declararam não ter feito restrições.

A análise por grupos de idade mostra que pessoas com mais de 60 anos de idade eram maioria entre os que se mantinham isolados e afastados do trabalho no mês passado por causa da pandemia. No Brasil, em junho, 23,0% das pessoas de 60 anos ou mais estavam afastadas do trabalho, em julho a proporção reduziu para 15,4%.

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Benefício em julho

44,1% do total de domicílios brasileiros receberam algum tipo de auxílio emergencial relacionado à pandemia no mês de julho.

Estado ficou em 8º em realização de testes da Covid-19

A PNAD Covid19 pesquisou sobre a realização de testes para diagnosticar o novo coronavírus nas 27 unidades da Federação. O Pará foi o 8º Estado que mais testou desde o início da pandemia. A testagem foi feita em 7,4% da população, cerca de 640 mil pessoas e confirmou positivo em 2,5% delas, ou 160 mil infectados.

A Unidade da Federação com o maior percentual de testes realizados foi o Distrito Federal (16,7%), seguida por Amapá (11,0%) e Piauí (10,5%). Por outro lado, Pernambuco registrou o menor percentual (4,1%), seguido por Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul (os três com 4,5%).

Desde o início da pandemia até julho de 2020, cerca de 13,3 milhões de pessoas (ou 6,3% da população brasileira) já haviam feito algum teste para diagnóstico da Covid19 no país. Cerca de 20,4% dos testados (ou 2,7 milhões de pessoas) obtiveram resultado positivo e 79,6% não tiveram resultado positivo no teste (ou nos testes) que realizaram.

A PNAD também pesquisou se a população brasileira apresentava algum tipo de sintoma do novo coronavírus tais como febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, fadiga, entre outras.

SINTOMAS

O Pará teve uma das mais baixas taxas de respostas afirmativas com apenas 5,5% de pessoas dizendo ter algum tipo de sintoma em julho, bem abaixo do resultado de 21,3% de respostas afirmativas dadas em maio, quando o Estado ainda enfrentava os efeitos do pico da pandemia. Nessa pesquisa há registro de queda em todas as unidades da federação.

O IBGE também perguntou em julho à população brasileira (estimada em 211,1 milhões), se apresentavam algum tipo de comorbidade, como diabetes, obesidade, hipertensão, tuberculose, entre outros, que aumentam o risco de agravamento do quadro do paciente em caso de contaminação por covid19.

Entre os paraenses, 1,6% respondeu ter algum tipo de doença, normalmente desconhecidas pelos pacientes ou que não são tratadas adequadamente.

No Brasil são 47,2 milhões de pessoas (ou 22,4% da população) com alguma das comorbidades pesquisadas, sendo a hipertensão a mais frequente (12,8%). As demais prevalências foram: asma ou bronquite ou enfisema (5,7%); diabetes (5,3%); depressão (3,0%); doenças do coração (2,7%) e câncer (1,1%). O percentual de pessoas com alguma doença crônica e que testou positivo para a Covid19 foi de 1,6%.

Quatro milhões pediram empréstimos em julho por pandemia

Cerca de 4 milhões de brasileiros solicitaram empréstimo no mês de julho para combater a crise econômica instaurada pela pandemia de Covid-19. Desse total, 3,3 milhões conseguiram, de acordo com números divulgados pelo IBGE.

Os dados apontam que as pessoas mais pobres foram as que mais recorreram aos empréstimos. Entre os que solicitaram e não conseguiram, 59,2% pertencem às duas classes de rendimentos mais baixas, com ganhos mensais inferiores a um salário mínimo.

No total, o número de pedido de empréstimos representa 5,9% dos 68,5 milhões de domicílios do país. Segundo o IBGE, a maioria (75,7%) veio de bancos e outras instituições financeiras, enquanto o restante foi obtido por meio de amigos ou parentes.

Os números fazem parte da terceira divulgação mensal Pnad Covid-19, edição extraordinária da pesquisa do IBGE criada para medir os efeitos do novo coronavírus sobre a população e o mercado de trabalho.

Os impactos da Covid-19 podem ser vistos nos dados do emprego no Brasil. A taxa de desocupação subiu de 12,4% para 13,1%, atingindo 12,3 milhões de pessoas, o que representa um acréscimo de 438 mil pessoas a mais desempregadas.

Não é possível, porém, comparar os dados dessa pesquisa com os da Pnad Contínua, que apura a taxa de desemprego oficial no país, já que esta última tem metodologia diferente, com coleta de dados durante três meses e em um número maior de domicílios.

A pesquisa também mostrou que 9,7 milhões de trabalhadores estavam afastados, sendo que 6,8 milhões se encontravam nessa situação por causa do distanciamento social. O número, porém, caiu 42,6% com relação ao mês de junho.

“Isso corresponde a menos da metade das pessoas que estavam afastadas em maio, quando a pesquisa começou. Elas retornaram ao trabalho ou podem ter sido demitidas”, explicou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira. DOL

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