Um dos questionamentos que sempre ronda o universo esportivo, incluindo o futebol, é a ingestão de bebidas alcoólicas pelos atletas. Em Belém, principalmente, os torcedores cobram constantemente quando encontram jogadores nas “baladas”, restaurantes ou locais que vendem esse tipo de droga lícita.
A longo prazo a ingestão de álcool no corpo de uma atleta pode baixar o rendimento dela de forma brusca. “Não importa se a pessoa é sedentária, atleta de final de semana ou esportista profissional, a expulsão pelo organismo da substância é a mesma, o que difere é que quando pior o condicionamento físico, pior será o efeito do álcool no organismo”, explicou Rodolfo Raiol.
“Um Estudo publicado por Sierksma et al no s. Alcoholism: Clinical and Experimental Research (2006) investigou o consumo diário de álcool nos níveis agudos de testosterona e concluiu que homens devem ingerir menos de 40 gramas de álcool por dia e mulheres menos de 30, para que não tenham efeito da diminuição dos níveis de testosterona. Isso corresponde a aproximadamente duas latinhas de cerveja ou três doses de vodka ou uísque para homens por dia”, escreveu o professor em uma rede social.
Assim como Rodolfo, Robson Melo, preparador físico e fisiologista, explicou os efeitos do álcool no corpo de um atleta. Robson trabalha há 17 com futebol e sua rotina é preparar o atleta para o desgastes dentro de campo, com viagens e ainda nos momentos de descanso. “Um dia após a ingestão da substância existe uma indisposição para muitos profissionais em treinar, além de ocorrer um desvio de concentração e foco. Por isso nossa preocupação com a alimentação e repouso dos atletas é grande, já que o álcool desregula as funções orgânicas da pessoa, afetando rim, fígado e causa mal estar” explicou.
O ex-atacante Roma, 37 anos, tem uma história vitoriosa no futebol, a maior delas é no Flamengo-RJ, e revela: “sempre deixava para beber nas férias”. A opção do ex-atleta era justamente para ter um melhor desempenho dentro de campo, por isso optou por se manter longe de bebidas alcoólicas.
“Tu te condicional, fez um trabalho com alimentação, vitamina, suplemento e exercício, adapta o teu corpo a isso. Quando você coloca álcool no organismo quebra todo esse sistema a nível de preparação física”, explicou.
Confira imagens de quando o jogador vestia a camisa rubro-negra:
Roma jogou ao lado de Beto Cachaça, conhecido pela vida boêmia, mas sempre se manteve longe disso. “Como nunca fui acostumado a beber e com ritmo grande de jogos e viagens, isso acaba me desgastando mais, por isso optei por não ingerir bebidas alcoólicas quando jogava bola. Me reservava para recuperar mais rápido”, acrescentou.
O paraense Wellinton Saci, 31 anos, também se mantém longe do álcool. “Eu resumo que o jogador que quer prolongar sua carreira tudo que for prejudicial a sua saúde ele tem que evitar”, disse o lateral-esquerdo.
O preparador físico Thiago Sena, que trata do condicionamento físico de alguns atletas como o meia Rogerinho, o atacante Rafael Tanque, o meia-campista Endy e os ex-jogadores Roma e Vanderson, revela que muitos atletas perdem algumas capacidades físicas a longo prazo.
“O álcool e atletas profissionais de alto rendimentos não combinam de forma alguma, o uso contínuo da substância faz com que o atleta tenha suas habilidades psicomotoras bastante prejudicadas, como o tempo de reação e quilíbrio. E no esporte isso é bem evidente", finalizou.
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