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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Adolescente de 15 anos denuncia estupro em boate.

Adolescente de 15 anos denuncia estupro em boate  (Foto: Ney Marcondes)
A mãe da adolescente denunciou o caso na delegacia de polícia e aguarda o resultado dos exames (Foto: Ney Marcondes)
Ainda atormentada por saber que a filha de 15 anos pode ter sido estuprada dentro de uma boate, localizada no bairro do Umarizal, uma profissional da saúde, que pediu para ter a identidade preservada, teve a difícil tarefa de procurar a delegacia de polícia para buscar justiça. Segundo ela, a filha estava em uma festa vespertina, própria para adolescentes, quando entrou em coma alcoólico e ficou com o corpo cheio de hematomas. 
O caso aconteceu por volta das 18h, do último sábado (06). A jovem havia falado para a mãe que iria ao cinema com os amigos do trabalho, onde é jovem aprendiz. Só que quando a mãe recebeu a ligação, soube que sua filha estava internada, em coma alcoólico, no Hospital do Pronto Socorro Municipal “Mário Pinotti” (HPSM 14 de Março). 
A mãe da adolescente contou que “me ligaram dizendo que era a amiga da minha filha, que tem 16 anos, que estava em coma, e que minha filha a estava acompanhando. Eu pressenti algo ruim ali, sabia que algo tinha acontecido era com a minha filha. Fui até o PSM e já a vi em coma, correndo risco de ter uma parada cardíaca”, contou, apreensiva.

SUSPEITA DE ESTUPRO
O laudo emitido pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atendeu a jovem na boate, atestava que ela estava em coma alcoólico, e que havia suspeita de que havia usado drogas ilícitas e que poderia ter sofrido violência sexual.
Segundo a mãe da vítima, “os socorristas fizeram o atendimento dela no camarote. Ela estava jogada no chão, com a boca espumando. A socorrista que fez o atendimento disse que havia sêmen na vagina, apontando uma tentativa de estupro e hematomas pelo corpo, como se ela tivesse tentado lutar”, relatou. 
A jovem teve alta no último domingo (07), e foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia, para receber os medicamentos de praxe, em casos de estupro. Ela também realizou exames sexológico e toxicológico no Instituto de Perícias Científicas (CPC) “Renato Chaves”.
A adolescente está recebendo apoio psicológico. Ainda de acordo com sua mãe, a jovem contou que ingeriu bebida alcoólica do lado de fora da boate e que um homem adulto foi quem as comprou. Sobre o abusador, a jovem disse não lembrar, pois já havia desmaiado.

INVESTIGAÇÕES
O caso foi registrado na manhã de ontem (08), na Seccional do Comércio, e será investigado pela diretora da unidade, delegada Flávia Leal. Um inquérito policial foi instaurado com o objetivo de entender o que aconteceu naquele dia. A vítima, as amigas que a acompanhavam na festa, além dos seguranças e proprietários da boate, deverão ser ouvidos nos próximos dias. “Agora vamos ouvir as testemunhas. A vítima será ouvida amanhã (hoje), além das amigas, seguranças, e a socorrista do Samu. Vamos criar o cenário do possível crime”, esclareceu a delegada Flávia Leal.

EXAMES
Sobre o crime de estupro, segundo a delegada Flávia Leal, somente o laudo do CPC poderá confirmar se a jovem sofreu violência sexual e esclarecer como, em aproximadamente uma hora de festa, atingiu um estado grave de coma. 
A delegada comentou que “a socorrista olhou, no momento, a vagina da adolescente, e viu algo que acredita ser sêmen, mas somente o exame poderá apontar o que é. Também aguardamos o resultado do exame toxicológico, porque foi curto o período em que ela começou a beber até atingir o coma alcoólico”. 
Flávia Leal disse que “o exame vai apontar se foi mesmo só álcool, se foram drogas ou se alguém colocou drogas na bebida dela”.  
O Adulto que comprou a cerveja para as jovens beberem, também será investigado, além do licenciamento de funcionamento da boate. 
(Emily Beckman/Diário do Pará)

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