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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Evento marca aniversário bicolor

Evento marca aniversário bicolor (Foto: Mauro Ângelo)
Torcedores, dirigentes e ex-jogadores estiveram na Curuzu, onde até um padre se juntou aos Fiéis Bicolores (Foto: Mauro Ângelo)
Correndo feito uma criança, de um lado para o outro do estádio da Curuzu, durante a festa do aniversário de 103 anos do Paysandu, Beto nem de longe aparentava os 72 anos de idade que carrega nas costas. Atleta bicolor por 14 anos, o ex-meio campista se tornou um dos símbolos do clube, no qual tem convivido há 55 anos. “Me afastei por períodos breves para cuidar da minha vida profissional e familiar, mas sempre retornei ao Paysandu. Aqui fui campeão juvenil três vezes, de aspirantes quatro e profissional seis vezes. A grande felicidade que esse clube me deu foi a honra de ser considerado grande benemérito. Só tenho a agradecer a ele”, ressaltou.
 Ao olhar para trás, o ex-jogador relembra como as coisas mudaram desde que ele chegou ao clube, em 1964. “Eu digo que olhando naquela época e hoje, a mudança não foi nem de 360 graus, foi de mil graus! Era tudo muito diferente. Quando cheguei, a Curuzu tinha arquibancadas de madeira. Ainda não existiam tribunas e camarotes. O espaço da imprensa era onde hoje ficam as cadeiras. A avenida Almirante Barroso se chamava Tito Franco, por lá passava um trem e havia árvores onde algumas pessoas se penduravam para tentar ver o gramado nos dias de jogo”, contou, de forma detalhada.
Beto também disse que até mesmo o gramado era diferente. “Ele era mais baixo que o nível do chão. Havia uma rampa que descia de fora para acesso ao gramado. Hoje em dia ele foi levantado, e a rampa sobe”, comentou.
Falando sobre mudanças, Beto observa que as coisas, aos poucos, estão se modernizando. “Você vê as torres de iluminação hoje e são as mesmas inauguradas em 1966, na gestão do presidente Giorgio Falângola. Mas elas provavelmente vão dar lugar, algum dia, a novas e mais modernas. Eu vi o alambrado da Curuzu desmoronar três vezes, uma num amistoso da Seleção Paraense, em que eu joguei, uma na Série B de 91 e outra em um Re-Pa nos anos noventa. Quando você vê esses vidros e muros novos e resistentes, você entende como as coisas se transformaram e estão se transformando para melhor”, encerrou o ídolo.
Dia de muitas homenagens
A quinta-feira no Paysandu teve um quê de festiva. Pelo menos no que tange aos aspectos extracampo. Enquanto os comandados do técnico Marcelo Chamusca realizavam um treinamento na academia da Curuzu e se preparavam para subir ao gramado do estádio, um bolo de 17 metros foi montado ao lado das arquibancadas para torcedores, dirigentes, atletas e convidados celebrarem festivamente a data de 103 anos do clube.
A honra de soprar as velas coube a bicolor Maria Mercês Oliveira, de 89 anos. Torcedora do clube desde os cinco anos, ela foi testemunha da goleada por 7 a 0 sobre o Remo, em 1945. “É uma alegria muito grande fazer parte desse momento na história do clube que eu sempre torci e ser convidada para soprar o bolo”, festejou.
A solenidade prosseguiu à noite na sede social bicolor com sessão solene do Conselho Deliberativo em homenagem à data. Além dos conselheiros, beneméritos e grandes beneméritos, atletas, ex-atletas e torcedores ilustres, como o músico Alcyr Guimarães. 
“Uma das minhas maiores alegrias como torcedor do Paysandu é poder falar com meu amigo ‘João e o pé de feijão’ de seis anos e dizer ‘eu escrevi o hino do Paysandu’. Podem parecer só palavras para quem olhar, mas no meu coração significam muito mais que isso. É poder colocar meu nome numa história tão bela, que hoje completa 103 anos”, comentou o compositor do Hino do Centenário do Paysandu, que apresentou a canção no início da sessão solene, encerrada com um grande jantar.
(Taion Almeida/Diário do Pará)

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