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terça-feira, 21 de março de 2017

Mãe que fugiu com filhos ao Pará continua foragid

Mãe que fugiu com filhos ao Pará continua foragida (Foto: Reprodução)
Pai de seus filhos acusa Angelina de sequestro. Já a advogada dela afirma que o pais batia nas crianças, o que motivou a fuga. (Foto: Reprodução)
A Polícia Federal (PF) está há três meses em busca da dinamarquesa Angelina Maalue Avalon Mathieses, acusada de sequestrar os próprios filhos (Aia Sofia de 6 anos; e Leonardo, 3) em março do ano passado. Os 3 entraram no Brasil e ficaram escondidos na ilha de Mosqueiro, em Belém. A Justiça Federal decretou a prisão de Angelina em dezembro do ano passado por ter se esgotado o prazo legal que lhe dá direito a permanecer no Brasil, mas o seu paradeiro ainda é desconhecido.

“Estamos realizando buscas para cumprir o mandado de prisão administrativa para fim exclusivo de deportação”, disse Davi Rios, delegado da PF, que acompanha o caso, esclarecendo que a detenção da dinamarquesa não terá relação com o sequestro dos filhos. Angelina saiu da Dinamarca em março de 2016, indo para a Guiana, entrando no Brasil por Roraima. Em Manaus, se encontrou com Lisbeth Markussem, que também sequestrou os três filhos, de 4, 6 e 7 anos, e saiu da Dinamarca em julho de 2015, entrando no Brasil pelo Acre. As duas foram para Manaus e, de lá, seguiram para Belém e, em seguida, para Mosqueiro, distrito da capital. Hospedaram-se numa pousada na praia do Marahú.

IRMÃS

Na recepção, se identificaram como irmãs de nacionalidade holandesa, afirmando terem vindo para o Brasil escrever um livro. Chegaram a usar conta de pequenos comerciantes da praia para receberem dinheiro do exterior. Angelina passou a constar na lista de procurados da Interpol e Aia e Leonardo, de desaparecidos. A Polícia Federal passou a investigar o caso. Equipes foram mandadas para Mosqueiro para buscar informações que levassem ao paradeiro da dinamarquesa. A PF conseguiu imagens da câmera de segurança de um supermercado da ilha, do dia 8 dedezembro passado.

Ao descobrir que a PF esteve em Mosqueiro no encalço de Angelina, Lisbeth decidiu ir embora e também continua desaparecida com os 3 filhos. Davi Rios esclarece que Lisbeth também está na lista de procurados pela Interpol, mas não há pedido de prisão contra ela no Brasil, apenas na Dinamarca pelo sequestro dos filhos. “O mandado de prisão de lá não tem validade aqui”. Angelina denunciou Peter Alexander Lawaetz, pai de Aia Sofia, e Vladimir Valiante Todorovski, pai de Leonardo, à Justiça: acusou Peter de ser violento e Vladimir de ter abusado sexualmente da enteada Aia Sofia.

As autoridades dinamarquesas investigaram os casos e nenhuma prova das acusações da mãe foi encontrada. Laudos psicológicos feitos na Dinamarca mostram que Angelina possui “sérias limitações em suas competências de mãe” e a justiça dinamarquesa decidiu que a guarda das crianças deveria ficar com os pais enquanto o processo tramitasse. Mas, antes de a decisão sair, Angelina sumiu com as crianças.

SEPARAÇÃO

O detalhe é que Angelina se separou dos dois pais ainda na gravidez e nenhum dos dois teve o direito de ver os filhos nascerem. Depois do nascimento, os dois pais alegam ter tido pouco acesso aos filhos.

Depois de dois meses sem receber notícias da filha na Dinamarca, Vladimir contratou um detetive particular e rastreou o dinheiro que era enviado do país europeu através de um padrasto para Belém. Foi aí então que, no fim do ano passado, os pais decidiram vir para o Belém para encontrar os filhos.

ADVOGADA DE ANGELINA PEDIU REFÚGIO HUMANITÁRIO

A advogada Luanna Thomaz, que defende Angelina no Pará, afirma que a mãe tem provas de que Aia e Leonardo eram vítimas de violência por parte dos pais e que ela precisa proteger os filhos.
Pelas redes sociais, a advogada Luanna Tomaz defendeu a atitude de Angelina. (Foto: reprodução)
A advogada desqualifica o laudo feito sobre Angelina na Dinamarca. Luana diz que o laudo foi encomendado e “comprado” por um dos pais. “Foi uma avaliação extremamente frágil. Angelina conversou poucas vezes com o profissional e já foi atestado que não era boa mãe, o que não é verdade. Ela é uma excelente mãe. Ela ama essas crianças mais que tudo”.

A advogada entrou com uma ação no Tribunal Regional Federal da 1ª Região para impedir a prisão da dinamarquesa e com pedido de refúgio para que Angelina possa ficar no Brasil sob a alegação de que a dinamarquesa sofre violação e Direitos Humanos na Dinamarca.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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