O governador do Maranhão, Flávio Dino, se pronunciou na tarde de hoje (24) sobre o pedido de demissão do ex-juiz Sérgio Moro do cargo de Ministério da Justiça e Segurança Pública. O agora ex-ministro, disse que deixou o cargo porque o presidente da República, Jair Bolsonaro, exonerou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, sem dar nenhuma justificativa para a demissão. Em sua conta do Twitter, Dino questionou a legalidade da relação do presidente com o ex-ministro.


Moro, infelizmente, confessa mais uma ilegalidade: pediu pensão ou algo similar pra aceitar um cargo em comissão. Algo nunca antes visto na história. E tal condição foi aceita ? Não posso deixar de registrar o espanto.

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Fico impressionado com a ingratidão de Bolsonaro. Ele jamais seria eleito presidente da República sem as ações do então juiz Moro.

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Moro ainda declarou que Jair Bolsonaro queria ter acesso a informações da PF, e que por isso o presidente tem preferências por outros nomes para o comando do órgão que possam garantir esse acesso. “Me disse, mais de uma vez, expressamente, que queria ter [na direção-geral da PF] uma pessoa do contato pessoal dele, para quem ele pudesse ligar, colher informações, que pudesse colher relatórios de inteligência. Este, realmente, não é o papel da PF”, disse Moro em coletiva na tarde de hoje anunciando sua demissão.
O governador do Maranhão declarou que as alegações feitas por Moro sobre o presidente da República são provas de irregularidades na administração de Bolsonaro, que podem render até mesmo processo de impeachment. Veja:


O depoimento de Moro sobre aparelhamento político da Polícia Federal como base para o ato de exoneração do delegado Valeixo constitui forte prova em um processo de impeachment.

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Do ponto de vista jurídico, o depoimento de Moro constitui prova de crimes de responsabilidade contra a probidade na Administração, contra o livre exercício dos Poderes e contra direitos individuais. Artigo 85 da Constituição Federal e Lei 1.079/50.

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Lembro que a Polícia Federal é órgão do Poder Executivo, mas exerce a função de POLÍCIA JUDICIÁRIA. Ou seja, quanto à atividade-fim, coagir a Polícia Federal sobre investigações criminais impede o livre exercício do Poder Judiciário.

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Mais uma vez Flávio Dino chamou atenção para o foco do presidente Jair Bolsonaro estar em questões paralelas à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 3 mil pessoas no Brasil.


O que mais me deixa indignado nisso tudo: enquanto Bolsonaro cria mais uma confusão, paralisando o governo e as instituições, milhares de pessoas estão sofrendo e morrendo em razão do coronavírus.

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Desde que a covid-19 chegou ao país, Bolsonaro diz que a população, em especial os governadores dos estados, têm dado importância demais à doença e que deveria ser feito o “isolamento vertical”, deixando em quarentena apenas os idosos e demais grupos de risco, para que a economia do Brasil não quebrasse. O presidente chegou a chamar o coronavírus de “gripezinha” e “histeria”. Seus apoiadores também vem pedindo o fim do isolamento, fazendo periodicamente protestos nas ruas pedindo a reabertura do comércio. JORNAL IMPARCIAL.