A princesa espanhola Maria Teresa de Bourbon-Parma, prima do rei Felipe VI, morreu na última quinta-feira (26) em Paris, aos 86 anos, em decorrência do novo coronavírus. A informação foi confirmada pela família real da Espanha. Ela é a primeira integrante da realeza a morrer pela Covid-19, doença causada pelo vírus. Maria Teresa era conhecida como a “princesa vermelha”.
De acordo com o levantamento feito pela Johns Hopkins University, a Espanha tem mais de 49.417 casos confirmados e 8.269 mortes. A notícia foi confirmada página do Facebook do irmão de Maria Teresa, o príncipe Sixto Henrique.
“S.A.R. [Sua Alteza Real] Don Sixto Henrique de Bourbon comunica que na tarde desta quinta-feira, 26 de março de 2020, faleceu em Paris, aos oitenta e seis anos de idade, sua irmã Maria Teresa de Bourbon-Parma e Bourbon-Busset, vítima do coronavírus Covid-19. Don Sixto Henrique está muito triste e pede orações pelo eterno descanso da sua irmã”, afirma a postagem na internet.
A declaração acompanhava uma foto de ambos na juventude e anunciava o funeral que aconteceu na última sexta-feira (27) em Madri.
Maria Teresa era conhecida como “a princesa vermelha”, apelido usado pela primeira vez em uma biografia sobre ela, escrita em 2002 por Josep Carles Clemente, historiador carlista (derivado do nome de Carlos de Bourbon, conde que encabeçou a contestação absolutista e legitimista no século XIX). No texto, ele destacava “a veemente defesa dos mais necessitados e da democracia” pela princesa.
A princesa nasceu em 28 de julho de 1933, e era filha de Francisco Xavier de Bourbon-Bragança, o Duque de Parma, que ocupou o trono espanhol de 1936 a 1975, e de Madeleine de Bourbon-Busset. De acordo com o jornal espanhol El País, ela era formada em Ciências Políticas pela Sorbonne em Paris, foi professora de Sociologia na Universidade Complutense de Madri e defendeu a evolução ideológica do carlismo.
Quarentena real
Outros integrantes da realeza ao redor do mundo também foram contaminados pelo novo coronavírus nas últimas semanas. O príncipe Albert, de Mônaco, foi diagnosticado com Covid-19 no dia 19 de março. O bilionário de 62 anos é filho da falecida estrela de cinema Grace Kelly e do príncipe Ranier. O país tem 49 casos confirmados e uma morte.
Uma semana depois, o Príncipe Charles, de 71 anos, filho mais velho da Rainha Elizabeth II e herdeiro ao trono britânico, também foi diagnosticado com o novo coronavírus. Devido a sua idade, houve preocupação com seu estado de saúde, já que a doença costuma ser mais grave entre idosos. Contudo, autoridades confirmaram que ele só apresentou sintomas leves.
Charles ficou em isolamento por sete dias e saiu da quarentena na segunda-feira (30). Até o momento, há mais de 25 mil casos confirmados no Reino Unido, e pouco mais de mil pessoas morreram.
Em nota, o Palácio de Buckingham disse que a rainha, que completa 94 anos no próximo mês, “continua com boa saúde”. Ela se isolou no Castelo de Windsor com o marido, o Príncipe Philip, de 98 anos, afirmando dizendo que ela e sua família seguiriam as diretrizes de distanciamento social estabelecidas pelo governo.
No Brasil nem a família imperial brasileira escapou contágio. Dom Bertrand de Orleáns e Bragança, um dos herdeiros da família imperial, anunciou no dia 18 de março nas redes sociais que três de seus irmãos haviam sidos infectados. Dom Antonio, de 69 anos e o terceiro na linha de sucessão, está hospitalizado. Além de Dom Francisco e Dom Alberto. Os três são trinetos de Dom Pedro II e bisnetos da Princesa Isabel.
No Brasil, já foram confirmados mais de quatro mil casos de coronavírus e 168 pessoas mortes.
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