Nova rodada de pesquisa realizada pelo DIÁRIO/DataPoder360 aponta queda na popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Com índice de rejeição de 44%, o maior número registrado pelas pesquisas do instituto em 2020, o percentual, recorde, corresponde aos entrevistados que avaliaram o governo como ruim ou péssimo. A pesquisa foi realizada entre os dias 25 a 27 de maio e reflete a reação do público após a divulgação da reunião ministerial de 22 de abril. A avaliação negativa subiu 5 pontos desde a última medição. Os que avaliam a gestão do Executivo como regular somam 23%. A avaliação positiva do presidente oscilou para 28%, em comparação aos 30% que apresentou duas semanas atrás.
Na sondagem, que ouviu 2.500 pessoas em 544 municípios nas 27 unidades da Federação, 53% dos que avaliaram o governo Bolsonaro como ruim e péssimo estão na faixa de 16 a 24 anos. Entre os que consideram ótimo e bom, 34% estão na faixa de 25 a 44 anos.
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O presidente Bolsonaro continua mais popular nas regiões Centro-Oeste e Norte, onde sua avaliação positiva aparece em torno de 40%. O Nordeste segue como a região do país onde o presidente é mais mal avaliado. A avaliação do presidente piorou substancialmente entre os mais jovens, de 16 a 24 anos e entre pessoas com renda acima de 10 salários mínimos.
A pesquisa DIÁRIO/DataPoder360 mostra a persistência da crise do coronavírus. O percentual de pessoas que dizem ter sido infectadas ou conhecer alguém que foi infectado segue crescendo desde o primeiro levantamento.
Esta nova rodada registrou um aumento de nove pontos percentuais no número de pessoas que dizem ter sido infectadas ou conhecer alguém próximo que foi infectado pelo coronavírus. O percentual passou de 26% em 13 de maio para 35% agora. Houve aumentos representativos em todas as regiões, especialmente no Sul. A única exceção foi a região Centro-Oeste, onde o número permanece estável.
A pesquisa mostra também que os impactos econômicos da crise permanecem agudos, mas estáveis nas últimas semanas. Mais de 2/3, dos entrevistados (68%), afirmaram que tiveram o emprego ou fonte de renda prejudicada pela crise. Este número passa de 80% na região Norte e no segmento de pessoas desempregadas ou sem fonte de renda fixa.
Dívidas
O número de pessoas que afirmaram ter deixado de pagar alguma conta no último mês também é de 68%, praticamente o mesmo percentual da rodada passada da pesquisa. Também neste quesito a população da região Norte e pessoas desempregadas ou sem renda fixa são as mais afetadas.
A pesquisa detectou ainda que, apesar da crise econômica, a maioria dos brasileiros (65%) acredita que o número de pessoas doentes é mais grave que o aumento do desemprego e diminuição de renda (25%). A maioria (58%) dos entrevistados também é favorável às medidas mais rigorosas de distanciamento social, como o lockdown. Outro ponto abordado pela pesquisa e que provoca reflexão é o sentimento de que a população brasileira apresenta indícios de estar cansando do estado de quarentena e distanciamento social.
Diminuiu significativamente o número de pessoas que afirmam que “todos ainda devem ficar em casa”. Este número caiu de 50% no dia 13 de maio para 46% agora. Ao mesmo tempo, 45% dos entrevistados acreditam que “os mais jovens já podem voltar a trabalhar com máscaras”.
Por outro lado, a pesquisa indica que, mesmo com as consequências econômicas e cansaço com a quarentena, apenas 18% dos entrevistados se sentem totalmente seguros em voltar a frequentar locais públicos. A maioria da população, 33%, se diz “mais ou menos seguro” para voltar a frequentar locais públicos. Quase 1⁄4, 23% dos entrevistados afirmaram não se sentir “nem um pouco seguros” em voltar a frequentar locais públicos.
ODIÁRIO/DataPoder360 realizou o levantamento nos dias 25 a 27 de maio por amostra de seleção aleatória do discador (pesquisa telefônica IVR) entre eleitores e eleitoras com 16 anos de idade ou mais. A margem de erro é de 2% para resultados do total da amostra, com intervalo de confiança de 95%.
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