Na cozinha de Ana Cláudia Ferraz (30), se tem algo que nunca falta nos temperos das comidas é pimenta. “Sempre pico a pimentinha de cheiro para temperar frango, mas gosto muito da pimenta malagueta em conserva, compro na feira e deixo aqui pra usar com a comida já pronta no almoço”, comenta a dona de casa. O que Ana Cláudia talvez não saiba é que esse hábito pode estar ajudando no fortalecimento da própria saúde.

Ana Cláudia sempre tem pimentinha em casa (Foto: Dalva Rêgo)

Saborosa e picante, a pimenta não apenas agrada os paladares mais ousados, como também pode favorecer muitos benefícios ao organismo.​ A nutricionista Kátia Sousa explica que as pimentas variam de acordo com a origem e o poder de picância, mas todas são ricas em capsaicina, um poderoso antioxidante e anti-inflamatório que ajuda a melhorar a digestão e aliviar a dor. Veja os principais benefícios!

​Melhora o coração

​A pimenta pode auxiliar a reduzir coágulos no sangue, principalmente por ter ação vasodilatadora. “Com isso, algumas doenças cardiovasculares, como hipertensão, podem ser reduzidas”, enfatiza Kátia. Além disso, um estudo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) mostra que a capsaicina presente na pimenta ajuda na redução dos níveis de colesterol ruim.

Ajuda no emagrecimento

Um dos principais benefícios da pimenta é a ação termogênica. Com isso, o metabolismo é acelerado e o gasto calórico aumenta. “A pimenta aumenta a temperatura do corpo, o que estimula a oxidação das gorduras como fonte de energia. Ótimo para quem pratica exercícios também”, afirma a nutricionista.

Fonte de Vitamina C

“A pimenta é riquíssima em vitamina C, ajuda na resistência de ossos e dentes”, ressalta a especialista. Essa vitamina ainda dá um up no sistema imunológico.

Quanto mais picante melhor

A capsaicina é a substância responsável pelo ardor, bem presente na malagueta e na pimenta dedo-de-moça. A verdade é que a capsaicina estimula efeitos irritantes e prazerosos quase ao mesmo tempo.

A explicação é a seguinte: quando a substância entra em contato com as mucosas da boca, do nariz e da garganta, ela desencadeia um sinal de dor. Então, de célula em célula, a mensagem chega ao cérebro, que reage produzindo endorfinas, substâncias relacionadas ao alívio e ao bem-estar. É um mix de sensações!

Tipos de pimenta

Os tipos de pimenta mais usados no Brasil são a pimenta-do-reino, pimenta-de-cheiro e a pimenta malagueta. Especialmente nas regiões Norte e Nordeste, são usadas para temperar carnes, peixes e mariscos, além de estar presentes nos molhos, massas, risotos e geleias.

Para você que ama uma pimentinha, separamos uma lista com os tipos de pimenta e o respectivo nível de ardência, classificado de 0 a 7, sendo que quanto maior a classificação, mais forte é a pimenta. Confira!

Cambuci e americana: são pimentas doces, muito usadas recheadas, grelhadas, assadas ou em pratos com picles e queijos.

– Picância: 0.

​Pimenta-do-reino: muito utilizada na culinária mundial, pode ser usada como tempero para todos os tipos de pratos.

Pimenta do reino (Foto: divulgação)

– Picância: 1-2.

Pimenta-de-cheiro: indicada principalmente para temperar peixes e crustáceos, também podendo ser usada para pratos com frango, risotos e legumes refogados.

Pimentinha de cheiro (Foto: divulgação)

– Picância: 3.

Fidalga: usada para temperar peixes e fazer marinadas de legumes e comidas em conserva.

Pimenta fidalga (Foto: divulgação)

– Picância: 4.

Caiena ou dedo-de-moça: usada principalmente para produção de molhos e picles.

Pimenta caiena também é chamada de “dedo-de-moça”, por ser comprida e fina: queridinha no universo fitness (Foto: divulgação)

– Picância: 6.

Malagueta e Cumari: usadas para temperar feijoada, carnes, acarajé, bolinhos e pastéis.

Picância: 7.