Você sabia que existe uma área de pesquisa que estuda os efeitos “analgésicos” dos xingamentos? Para alguns estudiosos eles aliviam a dor e podem até ajudar a levantar peso. Agora dá pra entender porque a galera malhada da academia é chegada em um palavrão na hora dos exercícios.
Os resultados podem variar de acordo com a situação e óbvio, com a quantidade de dor envolvida. Mas uma coisa é certa: falar “inferno” simplesmente não tem o mesmo efeito de gritar um belo palavrão quando, por exemplo você bate o dedinho do pé na quina do armário.
Pesquisas mostram relação entre os palavrões e a redução na percepção da dor, mas ainda não há informações sobre como esse efeito funciona. Um experimento feito em 2009, por exemplo, pediu aos participantes para colocar a mão em um balde de água com gelo. Os que xingaram durante o teste notaram uma diminuição na dor e puderam aguentar por mais tempo.
Um novo artigo publicado na Frontiers in Psychology mostra que existem diferenças entre os palavrões. O experimento foi parecido com o outro: 92 participantes colocaram a mão em água gelada, com temperatura entre 3°C e 5°C, onde podiam repetir uma palavra a cada três segundos. Eram quatro opções: o “fuck”, uma palavra neutra, que não designa um xingamento, e dois palavrões inventados.
Um deles era “fouch”, uma mistura de “fuck” com “ouch” (interjeição em inglês equivalente ao nosso “ai”). O outro pseudo-palavrão era “twizpipe” (esse era para distrair e provocar uma reação engraçada, mesmo).
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Como era de se esperar, o bom e velho "fuck", foi o palavrão mais bem sucedido nos testes. E aumentou a tolerância à dor em 33%, ou seja, quanto tempo a pessoa consegue deixar a mão na água. Além disso, o palavrão também aumentou o limiar de dor em 32%, contado a partir do momento em que os participantes diziam que estavam com muita dor. As outras palavras não tiveram efeito significativo.
O estudo é inglês, mas os efeitos também valem para os brasileiros. Aqui o "fuck" pode ser substituído por um "porra”, "puta que pariu" ou “caralho” (desculpe pelo vocabulário, caro leitor). A frequência com que se fala palavrão também influencia a percepção de dor: quem não costuma xingar percebem um aumento de tolerância a dor nesses testes, em comparação a quem xinga.
“Ainda não se sabe como os palavrões ganham esse poder. Já foi sugerido que os xingamentos são aprendidos na infância, e que a aversão a eles contribui para esses aspectos emocionalmente estimulantes”, escrevem os pesquisadores.
Segundo os estudiosos, a forma como aprendemos os palavrões determina como eles funcionam. “Isso sugere que a maneira e quando nós aprendemos os palavrões são importantes para determinar como eles funcionam”, dizem os cientistas.
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