Uma pesquisa feita por um grupo de geneticistas europeus encontrou uma relação entre as variações genéticas e complicações nos quadros de Covid-19. O estudo em versão preliminar publicado no início deste mês no site medRxiv mostra que o tipo sanguíneo A está associado a um aumento de até 50% na probabilidade de aumentar o risco de agravamento da doença.
Os estudiosos observaram que variações em dois pontos do genoma humano, incluindo o gene que determina os tipos sanguíneos, estão associadas ao risco de os pacientes desenvolverem insuficiência respiratória, agravando o quadro clínico dos mesmos.
O estudo foi desenvolvido por uma equipe de Andre Franke, geneticista molecular da Universidade de Kiel, na Alemanha, e contou com a colaboração de médicos da Espanha e da Itália. Durante a pesquisa, foram escaneados o DNA de 1.610 pacientes que precisaram de oxigenação durante o tratamento. Essa técnica é chamada genotipagem e o procedimento foi feito a partire da extração do DNA de amostras de sangue.
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Franke integra a Iniciativa Genética Anfitriã da Covid-19, um projeto internacional onde mil pesquisadores em 46 países publicam os dados de coletas das amostras de DNA de pessoas diagnosticadas com a doença.
Resultados semelhantes
Outro estudo que também segue a mesma linha foi realizado na China. Um grupo de pesquisadores analisou amostras sanguíneas de 2.173 pacientes e concluíram que as pessoas com sangue do tipo A eram mais suscetíveis ao Sars-CoV-2 e as de tipo O, mais resistentes.
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