
O governo apresentou, ontem (2), a atualização do projeto Retoma Pará, que prevê a viabilidade da reabertura gradual e segura das atividades econômicas no Estado. O estudo, que acompanha o cenário da pandemia de Covid-19 pelo território paraense, divide o Pará em regiões de integração e mostrou que a região Nordeste evoluiu da classificação de risco médio (no mapa, cor laranja) para intermediário (cor amarela).
Coronavírus: Pará está há cinco dias com redução na transmissão
Isto quer dizer que, nesta área, o número de casos de coronavírus apresentou uma tendência de queda. Também indica que o total de casos de pacientes que se recuperaram da Covid-19 aumentou em relação ao total de pessoas que ainda estão doentes – os chamados casos ativos. A região de integração do Nordeste paraense compreende a área do litoral do Estado e municípios mais próximos à Região Metropolitana de Belém.
Também houve melhora nas regiões do Marajó Ocidental e no Carajás, onde estão Marabá e Parauapebas, que saíram do vermelho para o laranja no mapa, ou seja, do risco alto para o risco médio. Tucuruí também segue essa tendência. Por outro lado, Araguaia apresentou uma piora considerável. A área estava classificada como risco médio, mas em virtude do nível de transmissão ter se elevado, a região passou a ser considerada de alto risco para o contágio e registro.
Redenção entrou em lockdown por meio de uma decisão judicial que determinou a suspensão das atividades não essenciais. Para o Ministério Público do Estado, autor da ação, o município está a beira do colapso do sistema de Saúde. Até ontem, a cidade registrava 1.186 casos confirmados de Covid-19 e 13 mortes.
As regiões do Baixo Tocantins, Marajó Oriental e Metropolitana de Belém permanecem classificadas como áreas de risco médio, com queda do quadro geral. Porém, segundo o governador do Estado, Helder Barbalho, a manutenção da classificação de risco é estratégica, uma vez que Belém acaba acolhendo as demandas de leitos para pacientes de Covid-19 destas três regiões. “A nossa tomada de decisões [por meio do Retoma Pará] leva em consideração a ciência, normas técnicas e protocolos de segurança”, pontuou Helder.
O governador garantiu ainda que todos os esforços do governo contam com a colaboração e engajamento da população paraense, que precisa seguir as medidas de segurança determinadas pelos órgãos de Saúde. “Cada cidadão tem que ter a consciência da sua responsabilidade de se proteger, proteger ao próximo e também a quem ama”, reforçou. “Não é a polícia que tem que lembrar que a pessoa deve usar máscara e se proteger ao sair de casa. É a consciência”, lembrou.
RETOMADA
Em Belém e outras cidades da Região Metropolitana algumas atividades econômicas já foram retomadas, entre elas a reabertura do comércio e de shoppings. Esta semana os restaurantes também puderam reabrir, sendo com a capacidade reduzida e seguindo uma série de protocolos. O coordenador do Retoma Pará, Adler Silveira, lembrou do decreto estadual que deixa sob a responsabilidade das prefeituras a elaboração e execução de projetos de retomada das atividades econômicas.
O Retoma Pará estabelece alguns protocolos a serem seguidos pelas administrações municipais. As regiões de integração do Baixo Amazonas, Tapajós e Xingu continuam com uma classificação de risco grave para a proliferação do coronavírus. O procurador geral do Estado Ricardo Seffer, informou que o decreto que vai normatizar a atualização do Retoma Pará seria publicado ontem mesmo numa edição extra do Diário Oficial do Estado.
Durante a apresentação da atualização do projeto, Helder Barbalho apresentou mais uma vez novo titular da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Rômulo Rodovalho, que assume o posto no lugar de Alberto Beltrame, que pediu licença do cargo. Rômulo Rodovalho é delegado da Polícia Federal há 14 anos e tem experiência com a administração pública.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
obrigado por voce ter deixado seu comentario. volte sempre