Mas, antes disso, o gaúcho recebeu US$ 500 por cada um dos nove dias que passaria com o empresário, num roteiro que incluía seis dias em Atlantic City e três em Nova York. As informações são do portal GZH.
Na última etapa da viagem, após uma discussão, Scherer matou Sabóia dentro do luxuoso Hotel Waldorf Astoria. Após a morte, segundo denúncia do Ministério Público, ele roubou aproximadamente U$$ 30 mil, relógios, joias, bolsa de viagem e passagem aérea de retorno ao Brasil.
Natural de São Leopoldo, Scherer é de uma família tradicional da cidade. Casou, teve dois filhos, vivia com a família e mantinha uma rotina discreta em um bairro de classe média alta, a duas quadras da 1ª Delegacia de São Leopoldo.
Usando o nome artístico de Mark Fonser, nos últimos anos, estava dedicado a produção de esculturas de ferro e aço inoxidável e chegou a fazer exposições em Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
A Justiça do Rio de Janeiro entendeu que o caso se tratava de um latrocínio – roubo com morte – e em 2002 condenou o réu a cumprir 22 anos em regime fechado. Quando teve prisão preventiva decretada, o artista plástico chegou ficar nove meses preso no Rio Janeiro, mas a defesa conseguiu habeas corpus para o gaúcho aguardar em liberdade o julgamento em segunda instância. A pena foi confirmada em 2003 e, até a tarde da última quinta-feira (24), Scherer era foragido.
O ASSASSINATO
A discussão que culminou com o assassinato do empresário iniciou por Scherer ter feito um programa com outra pessoa em Nova York. Na versão sustentada pela defesa, a briga começou por ciúmes. Sabóia teria pego um furador de gelo e atacado Scherer, que teria sofrido um corte na mão direta. No segundo golpe, o réu teria revidado e atingido uma das artérias carótidas da vítima. Sabóia morreu no local e o corpo só foi encontrado quando amigos do empresário.
"Esse era o típico crime para ir ao Tribunal do Júri, ele não negou o fato, mas negava o roubo. Ele não matou para roubar, matou se defendendo de uma agressão entre pessoas que estavam se relacionando no Exterior. Não havia intenção nenhuma na morte, ele já havia recebido pela viagem, foi uma ação provocada por uma irritação de João", sustentou Paulo Gall, advogado de Scherer.
E AGORA?
O mandado de prisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é válido até 2023 – quando a pena seria prescrita. Scherer permanece detido na DPPA de Novo Hamburgo aguardando vaga no sistema prisional. Deve ser levado para penitenciárias de Sapucaia do Sul ou Canoas, na Região Metropolitana. Quando cumprir um sexto da pena, poderá pedir progressão para o regime semiaberto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
obrigado por voce ter deixado seu comentario. volte sempre