São Paulo confirma primeiro caso de variante indiana
PUBLICIDADENo início do mês oassado começou a circular internacionalmente a notícia de um fungo agressivo que estaria obrigando equipes médicas a tirar partes do corpo de seus pacientes para garantir que suas vidas fossem preservadas. Os primeiros casos foram registrados na Índia, mas outros países começaram a diagnosticar casos similares. A mucormicose, ou “fungo negro”, como tem sido chamada, tem provocado preocupação entre autoridades de saúde.
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A doença afeta os seios da face, o cérebro e os pulmões e pode ser fatal em diabéticos ou em indivíduos imunodeprimidos, como pacientes com câncer ou portadores do HIV/AIDS. A taxa de mortalidade geral é de 50% e pode ser desencadeada pelo uso de esteróides, um tratamento usado em pacientes graves com Covid-19.
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Como os esteróides são usados no tratamento do novo coronavírus para reduzir a a inflamação nos pulmões e ajudar a interromper alguns dos danos, acaba reduzindo também a imunidade do paciente, aumentando os níveis de açúcar no sangue em pacientes diabéticos e não diabéticos. Acredita-se que essa queda na imunidade possa estar desencadeando os casos de mucormicose.
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Quais são os sintomas?
A doença afeta o nariz, os olhos e, às vezes, o cérebro. As reações iniciais consistem em congestão nasal e sangramento, com inchaço e dor nos olhos, pálpebras caídas, visão turva e, nos casos mais graves, a perda dos olhos. Também pode-se registrar manchas pretas na pele, ao redor do nariz. Devido ao avanço da doença, a maior parte dos casos exige que as partes afetadas sejam removidas cirurgicamente.
O "fungo preto" é contagioso?
A mucormicose não é contagiosa entre pessoas ou animais. O fungo precisa se estabelecer em um organismo que apresente as condições certas no corpo, como diabetes ou imunossupressão provocada por outras doenças. Entretanto, como ela se espalha por esporos de fungos presentes no ar ou no ambiente, é quase impossível evitá-lo.
Existe um surto na Índia?
Segundo um funcionário do governo indiano, não existe surto de mucormicose, porém, o número de casos notificados no segundo maior país do mundo são expressivos, chegando a mais de 8,8 mil somente na semana passada, considerado um “pesadelo” em meio a uma pandemia.
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