O 2º sargento Gildson dos Sants foi apontado por companheiros de farda como o cabeça de um esquema de transferências ilegais e vendas de vagas na 1ª Companhia de Policiamento Ambiental. O esquema, bem como outras irregularidades, seriam acobertados pela coronel Andréa Keyla Leal Rocha
Segunda-Feira, 26/07/2021, 14:31 - Atualizado em 26/07/2021, 14:31 - Autor: JOSE AUGUSTO RODRIGUES DA SILVA COSTA
Ao ouvir depoimento de diversos policiais, o Ministério Público concluiu que algumas transferências de policiais ocorriam no intuito de que outros militares, pudessem vir a ocupar as vagas que teriam sido abertas com as transferências, mediante pagamentos efetuados ao 2º sargento Gildson.
As investigações também demonstraram que o esquema de “venda de vagas”, organizado pelo sargento Gildson, contava com a chancela da comandante da Companhia, a coronel Keyla. Policiais militares ouvidos pelo Ministério Público relataram abusos de autoridade praticados pelo sargento Gildson e pela coronel Keyla – supostamente, Gildson e Keyla mantinham um relacionamento amoroso, segundo os depoentes.
As investigações apontam que Gildson e Keyla podem ter cometido os crimes de corrupção passiva, peculato, usurpação da função pública, excesso ou abuso de autoridade e ameaça. Diante dos fatos apurados, o Ministério Público solicitou ao Judiciário a prisão preventiva do sargento Gildson e o pedido de afastamento das funções da coronel Keyla. Ambos os pedidos foram atendidos.
Na manhã desta segunda-feira (26), o Juiz de Direito Titular da Vara Única da Justiça Militar do Estado do Pará, Lucas do Carmo de Jesus, decretou a prisão preventiva do sargento Gildson Soares, bem como o afastamento cautelar das funções, pelo período de 120 dias, da coronel Andréa Keyla Leal Rocha.
A prisão preventiva do sargento teve como justificativas a garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal, periculosidade do indiciado ou acusado, segurança da aplicação da lei penal militar, exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado.
O afastamento da coronel Andréa Keyla Leal Rocha teve como prerrogativas a garantia da ordem pública, a conveniência das investigações criminais e a manutenção da hierarquia e disciplina militares.
Gildson já estava preso provisoriamente, desde o último dia 19, pelo envolvimento em outro crime. Ele é acusado de matar uma mulher e também responde criminalmente por cinco tentativas de homicídio em Santarém – fatos relacionados, ocorridos em 2018, em Santarém.
Em junho, o sargento chegou a sofrer um atentado, no qual o carro que ele dirigia foi atingido por 10 tiros.
A reportagem do DOL solicitou o posicionamento da Polícia Militar do Pará a respeito dos fatos e aguarda retorno.
Leia mas dol.
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