
Bares e restaurantes têm até sábado para pedir R$ 2 mil
O botijão mais caro encontrado no Brasil é cobrado no Mato Grosso, onde é possível encontrar a unidade a R$ 130,00, seguido por Rondônia, a R$ 125,00 e Goiás, que comercializa o mesmo produto a até R$ 120,00.
Nos últimos 12 meses, o reajuste acumulado no preço do botijão de 13 kg alcançou 32,15% contra uma inflação calculada em 9,22%(INPC/IBGE). O impacto no salário mínimo (R$ 1100,00) chega a 8,5%, conforme explica o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena. “Em quase 2 anos de pandemia isso foi muito prejudicial. As pessoas ficaram em casa, mas por um lado explodiu o preço da alimentação e do outro o gás. Esse levantamento mostra que o preço está bem acima da inflação”, afirma.
Nas ruas, trabalhadores que fazem uso diário do produto se queixam dos constantes reajustes. Venícius Ferreira, de 24 anos, trabalha há mais de uma década com a venda de comidas regionais, no bairro da Pedreira. Segundo ele, o impacto sobre as vendas é inegável.
“Eu tive que fazer duas alterações em seis meses, por causa do gás e das outras despesas. Também retardamos o número de porções. Antes eu vendia cerca de 120 ao dia. Hoje, nós vendemos no máximo 80”, explica. “A adaptação é nossa e atinge o cliente. Muitos entendem e outros não. Atualmente compramos o botijão por um preço médio de R$ 97,00, porque eu tenho um CNPJ, mas para muitos o desconto dado nas revendedoras ainda é mínimo e isso compromete demais as vendas”.

Já o comerciante Dino Augusto, 45, diz fazer o máximo para segurar o valor do seu produto. Ele trabalha com a venda de salgados ao preço de R$ 1,00. “Hoje eu compro a R$ 105,00. Está muito alto. Eu seguro os preços há quatro anos, outros colegas já reajustaram para R$ 1,50. Como eu ganho na quantidade, consigo segurar, mas não sei até quando”.

O gás de cozinha vendido em solo paraense é o quarto mais caro do Brasil.
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