O funcionário fez um comentário chamando Bolsonaro de “diabo” em seu perfil no Facebook. Foi o suficiente para uma equipe agentes federais irem até o hotel e prenderem o funcionário do Hotel Spa do Vinho, onde o presidente é aguardado hoje.
Eduardo Lazzari, cozinheiro do hotel, tão logo soube que cozinharia para Bolsonaro, escreveu nas redes sociais: “Vou ter que cozinhar para este diabo ainda, que raiva”. Foi o que bastou para ser preso e o evento, no hotel, cancelado por razões de segurança.
Mais tarde, depois de depor e de ser liberado, ele pediu desculpas públicas pela reclamação que fez, saiu das redes sociais, mas já era tarde. A dona do hotel, que mora em Santa Catarina, está a caminho de Bento Gonçalves. Lazzari foi suspenso por três dias.
Na internet, o post do cozinheiro bombou. E, na Câmara, o deputado bolsonarista Bilbo Nunes (PSL-RG) subiu à tribuna para denunciar, com ar grave, uma “ameaça de morte a Bolsonaro”, atribuindo-a a “um numeroso grupo de pessoas”.
Bolsonaro está no Rio Grande do Sul para participar, amanhã, de mais uma passeata de motociclistas que defendem sua reeleição. Neste momento, visita a Vinícola Miolo, em Bento Gonçalves. Agentes federais investigam autores de comentários nas redes.
Um deles, também de Bento Gonçalves, de nome Evandro Prezzi, escreveu a propósito da reclamação do cozinheiro:
– Ah, se eu fosse o cozinheiro!
– Testa se ele é imorrível.
DOL
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