
O TSE tem divulgado produtos nas mais diversas redes sociais e, recentemente, aderiu até mesmo ao TikTok. No YouTube, segundo levantamento do Metrópoles, já foram publicados, neste ano, 62 vídeos sobre urnas eletrônicas, voto impresso, fraudes ou ciberataques.
Só neste ano são mais de 7 horas e 51 minutos de vídeos publicados sobre o assunto. O TSE informou que todo o material é produzido pela Secretaria de Comunicação do tribunal e que, portanto, não há custos extras.
Ao serem analisados os vídeos publicados também neste ano e que não falam sobre urnas eletrônicas, voto impresso, fraudes ou ciberataques, o cenário se inverte. São 33,7 mil likes ante 11,9 mil dislikes.
O post com o maior número de rejeições desde o início do canal, em 2013, tem o seguinte título: “Na urna eletrônica brasileira você pode confiar!”. Foi publicado em 13 de maio de 2021, e já recebeu, até a manhã dessa sexta-feira (30/7), 158,9 mil avaliações negativas.
Trata-se de uma gravação curta, de apenas 32 segundos, sobre o lançamento da campanha institucional que aborda a segurança, transparência e auditabilidade do processo eleitoral – motivo suficiente para inflamar os defensores do voto impresso. “Na urna eletrônica e nas eleições brasileiras, você pode confiar”, diz Barroso, ao apontar os dedos indicadores para a câmera.
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Trata-se de uma gravação curta, de apenas 32 segundos, sobre o lançamento da campanha institucional que aborda a segurança, transparência e auditabilidade do processo eleitoral – motivo suficiente para inflamar os defensores do voto impresso. “Na urna eletrônica e nas eleições brasileiras, você pode confiar”, diz Barroso, ao apontar os dedos indicadores para a câmera.
O especialista ressalta que o país tem um sistema de votação que “funciona muito bem, que é rápido e auditável”. “Colocar o complicador de imprimir um papel não faz nenhum sentido. E dizer que a urna eletrônica não é auditável é uma mentira: tem o boletim de urna – que sai impresso, inclusive”, diz o coordenador-geral da Abradep, ao citar o chamado complexo de vira-lata, sentimento descrito pelo escritor brasileiro Nelson Rodrigues que se refere a uma falta de autoestima nacional.
Bolsonaro afirmou, em live na quinta-feira (29/7), que “não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”. O chefe do Executivo federal convocou a imprensa com a promessa de apresentar provas de irregularidades nos pleitos de 2014 e 2018.
No início da transmissão, o chefe do Executivo federal fez acusações contra o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. Segundo ele, “mente” quem afirma que a implementação do voto impresso é um retrocesso. “É justo quem tirou Lula da cadeia e o tornou elegível ser o mesmo que vai contar o voto numa sala secreta no TSE? Quero eleições no ano que vem, vamos disputar eleições no Brasil no ano que vem, mas eleições limpas”, falou.
O presidente ainda subverteu a lógica do chamado “ônus da prova” (cabe a quem acusa comprovar o que diz) ao afirmar: “Os que me acusam de não apresentar provas eu devolvo: apresente prova de que não é fraudável”.
A avaliação na Corte é que o presidente da República falou para “convertidos” e tentou inverter o ônus da prova, ao dizer que só tinha “indícios” da suposta fraude e que quem defende a urna é que teria a obrigação de provar que o voto no Brasil pode ser auditável.
Aliados de Bolsonaro, por sua vez, dizem que a reação da base bolsonarista foi “excelente”. Segundo auxiliares do presidente ouvidos pela coluna, a live tem contribuído para “disparar” a adesão às manifestações convocadas para domingo (1º/8) a favor do voto impresso auditável.
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