Rebatizado como Auxílio Brasil, o benefício terá um valor no mínimo 50% superior ao atual e pode chegar a R$ 400. A medida chega às véspera de ano eleitoral e sob pressão para redução de gastos no orçamento nacional.
Segunda-Feira, 09/08/2021, 14:50 - Atualizado em 09/08/2021, 14:50 - Autor: FOLHAPRESS

O valor caberia, com aperto, no teto de gastos. Mas Bolsonaro e aliados pressionam por mais e nos bastidores é citado um possível valor de R$ 400.Mesmo com as indefinições sobre os números, a proposta do Auxílio Brasil já representa a maior mudança na política do Bolsa Família desde sua criação.
Nesta segunda-feira (09), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entregou ao Congresso a MP (medida provisória) que cria o Auxílio Brasil, programa que substituirá o Bolsa Família.
O texto foi entregue pessoalmente por Bolsonaro ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O presidente da República foi ao Congresso acompanhado pelos ministros Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), João Roma (Cidadania), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), e general Augusto Heleno (Gabinete Segurança Institucional).
A MP estabelece o formato do programa, seus objetivos e diretrizes, mas sem valores ou detalhes sobre as fontes orçamentárias. Após ser questionado nesta manhã sobre qual o valor pago pelo novo programa, Bolsonaro afirmou que será pelo menos 50% maior que o atual (média atual aproximada de R$ 190).
"São duas propostas que chegam no dia de hoje. Agora a MP e mais tarde uma PEC. Basicamente visa dar transparência, responsabilidade para os gastos. Aí incluído o viés social do nosso governo, muito debatido com a Flávia Arruda e com o Ciro [Nogueira] nos últimos dias, bem como com o João Roma. Tem a ver com o Bolsa Família. Sabemos que a pandemia trouxe uma inflação para os alimentos para o mundo todo. Então não podemos deixar desassistidos os mais vulneráveis", afirmou Bolsonaro.
"Agradeço meu velho amigo Arthur Lira pelo acolhimento e pela celeridade tendo em vista a oportunidade e a exigência que o momento assim deseja", disse. "É o tratamento cada vez mais harmonioso e produtivo entre o Executivo e o Legislativo", afirmou Bolsonaro.
"Uma PEC que visa a um ordenamento de uma questão que nos preocupa muito, essa questão dos precatórios, para que não tenhamos nenhum tipo de narrativa a prejudicar a imagem do Brasil e do ordenamento das contas públicas", disse Lira.
O presidente da Câmara falou que o Congresso se debruçará rapidamente sobre a MP e vai se dedicar a fazer o melhor, dentro do possível e com responsabilidade elevada. "Essa matéria tem urgência, como também a PEC dos precatórios, que tem que ser apreciada antes do envio da proposta do Orçamento, para que haja previsibilidade e uma perenidade nas ações do Executivo para 2022", afirmou Lira.
O governo espera aprovar a MP do novo programa social e a PEC em menos de um mês, até o envio da proposta de Orçamento, cuja data-limite de entrega por parte do governo é 31 de agosto. "Vamos tentar. Se o Congresso nos ajudar, priorizar essas pautas, é possível", afirmou o ministro Ciro Nogueira.
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