
Bolsonaro também repetiu nesta segunda a alegação de que a contagem dos votos seria feita numa "sala secreta" no TSE, afirmação já desmentida anteriormente pelo tribunal.
O presidente tem promovido uma série de declarações golpistas em defesa do voto impresso, um projeto bolsonarista atualmente em tramitação no Congresso Nacional.
No domingo (1º), ele mais uma vez colocou e dúvida a realização do pleito, ao afirmar: "sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição".
As recorrentes falas do mandatário contra o sistema eleitoral têm elevado a crise entre o Planalto e os demais Poderes, principalmente com o Judiciário.
No Congresso Nacional, uma articulação de legendas atua para derrotar a PEC do voto impresso. Lideranças parlamentares consideram extremamente improvável que a matéria avance a tempo de valer já para a disputa eleitoral de 2022, como quer Bolsonaro.
As falas de Bolsonaro têm gerado apreensão. O receio de críticos é que o mandatário esteja semeando desconfiança sobre contagem de votos no país com o objetivo de ter um argumento para questionar o resultado, numa eventual derrota.
Pesquisas de opinião apontam favoritismo do ex-presidente Lula.
Na mais recente pesquisa Datafolha sobre o cenário do ano que vem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou a vantagem nas intenções de voto e cravou 58% a 31% no segundo turno.
O presidente também atacou Lula na transmissão feita nesta segunda. Ele chamou o petista de "corrupto", "cachaceiro", "picareta" e "incompetente".
A conversa com apoiadores foi recheada de ataques a Barroso, que se converteu no alvo preferencial de Bolsonaro nas últimas semanas.
O presidente disse que Barroso "está abusando não é de hoje" e o acusou de defender o aborto e a liberação de drogas". "Ele [Barroso] defende um montão de coisas que não presta."
Na quinta (29), Bolsonaro promoveu o mais duro ataque contra as urnas eletrônicas, numa live de duas horas também veiculada na rede de televisão pública do governo.
Na ocasião, o presidente trouxe teorias sobre a vulnerabilidade das urnas que circulam há anos na internet e que já foram desmentidas anteriormente. Ele também admitiu não ter provas de suas acusações.
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