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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

CPI DA PANDEMIA Motoboy que sacou R$ 4,7 milhões foi ao Ministério da Saúde


O motoboy Inanildo Gonçalves é apontado como responsável por sacar R$ 4,7 milhões em espécie, na boca do caixa, para a VTCLog. Investigada pela CPI, a empresa teria movimentado R$ 117 milhões nos últimos dois anos em operações suspeitas, que incluem pagamentos de boletos de diretor do Ministério da Saúde

Quarta-Feira, 01/09/2021, 10:07 - Atualizado em 01/09/2021, 10:07 -  Autor: Augusto Rodrigues (com informações da Agência Senado)

   

O motoboy estava convocado para depor nesta terça-feira (31) na CPI da Pandemia. Porém, por decisão liminar do ministro Kássio Nunes Marques, do STF, Ivanildo obteve permissão para não comparecer à oitiva. Comissão aprovou a reconvocação de Ivanildo
 O motoboy estava convocado para depor nesta terça-feira (31) na CPI da Pandemia. Porém, por decisão liminar do ministro Kássio Nunes Marques, do STF, Ivanildo obteve permissão para não comparecer à oitiva. Comissão aprovou a reconvocação de Ivanildo | Agência Senado.

Ivanildo Gonçalves, que é motoboy a serviço da VTCLog, teria feito saques que somam o montante de R$ 4,7 milhões. Ele estava convocado para oitiva na CPI da Pandemia nesta terça-feira (31), mas não compareceu, após decisão liminar do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o desobrigou de participar da reunião. Senadores consideraram que a posição contraria decisões anteriores do STF.

À reportagem do jornal carioca, o advogado de Roberto Dias, Marcelo Jorge, disse que Ivanildo é um dos funcionários que entregavam faturas da VTC Log ao Ministério da Saúde, o que justificaria sua presença no órgão. Segundo ele, o sistema do Ministério da Saúde não permite o envio do documento por e-mail. Questionada, a pasta não se posicionou até a publicação desta reportagem.

Após as ausências do motoboy Ivanildo Gonçalves e da diretora-executiva da VTCLog, Andréia Lima, a CPI da Pandemia vai se dedicar a aprofundar as investigações sobre a empresa. O anúncio foi feito pelo presidente, Omar Aziz (PSD-AM), na reunião desta terça-feira (31), quando foi aprovada a reconvocação do motoboy e a transferência de sigilos fiscal, telemático e bancário da VTCLog. 

"Agora a CPI irá focar no depoimento de todas as pessoas da VTCLog. Todas, sem exceção. Nós iremos a fundo na VTCLog até a CPI concluir essa questão", disse Omar Aziz.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que não recai sobre Ivanildo qualquer responsabilidade por crime. Senadores também aguardam resposta da Polícia Federal sobre pedido de proteção policial para o motoboy. “Ele não cometeu crime. Ele cumpriu uma ordem”, ressaltou Renan.

Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que há informações de que Ivanildo distribuía dinheiro em Brasília, “o que irá comprometer pessoas em todas as áreas”.

Outros nomes

Randolfe Rodrigues sustentou que tornou-se “indispensável” ouvir outros nomes ligados à VTCLog. Segundo ele, também causou espantou o fato de o motoboy, que recebe cerca de R$ 2 mil, ter sido defendido por uma banca de advogados considerada "cara". De acordo com os senadores, o advogado Alan Diniz Moreira Guedes de Ornelas teria trabalhado na defesa de Fabrício Queiroz e de Adriano da Nóbrega, miliciano morto em fevereiro de 2020.

Senadores também lamentaram a ausência de Andréia Lima. A diretora-presidente da empresa disse estar “à disposição para contribuir com os trabalhos da CPI”, mas apontou que não poderia comparecer nesta terça “devido à agenda prévia de viagem relacionada à logística de distribuição das vacinas”.

O líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), classificou como “politização” o eventual indiciamento de servidores do Ministério da Saúde por corrupção passiva no relatório final da CPI. Para o parlamentar, o suposto pedido de propina feito pelo então diretor de Logística da pasta Roberto Ferreira Dias para a compra da vacina AstraZeneca não pode ser caracterizado como crime.

Marcos Rogério (DEM-RO) e Jorginho Mello (PL-SC) defenderam a apuração da CPI, mas reforçaram que pessoas só devem ser investigadas quando “existirem evidências”.

 Autor: Augusto Rodrigues (com informações da Agência Senado

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