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Os casos de violência sexual contra crianças e adolescentes são alarmantes. Em Santos, no litoral paulista, a mãe da menina de apenas nove anos, descobriu que a filha havia sido estuprada através de mensagens no WhatsApp. A criança estava em um abrigo para menores de idade.
O suspeito pelo ato infracional é um adolescente de 13 anos. Ele foi encaminhado para a Fundação Casa. A família soube do caso 12 dias depois do ocorrido, entretanto, a prefeitura esclareceu que somente os pais com responsabilidade legal sobre as crianças devem ser informados.
A mãe da criança expôs o print de uma conversa entre ela e uma abrigada, que foi quem a avisou sobre o crime. No diálogo, a adolescente afirma que viram a menina no banheiro, paralisada. Ela diz ainda, que teriam feito um exame que comprovou o estrupo.
A mãe da garota, que prefere não ter a identidade revelada, explicou que ficou desesperada ao descobrir, e foi até o local com o ex-marido. A Polícia Militar foi acionada. A mulher relata que os filhos estão no abrigo há cerca de um ano, pois houve uma briga com o ex-companheiro dela e a Justiça decidiu que o local era mais seguro para as crianças.
"Quando eu cheguei lá, ela começou a gritar: 'mãe, me tira daqui, eu fui estuprada'. A minha menina está desesperada, ficou muito nervosa. Eu também estou passada com tudo isso", desabafa a mãe. Após o caso, um termo de declaração foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.
No abrigo particular, que está sob intervenção da Secretaria de Desenvolvimento Social de Santos, o adolescente foi apreendido pelo ato infracional, e a menina foi socorrida ao Hospital Frei Galvão, no Boqueirão.
Em nota, a Prefeitura de Santos informou que, desde julho de 2021, a unidade está sob intervenção da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), após decisão judicial que determinou a suspensão do termo de colaboração entre a Seds e a entidade, para apuração de fatos de conhecimento do Poder Judiciário, que estão sob segredo de Justiça.
Ainda segundo a administração municipal, os familiares que possuem vínculos com as crianças e adolescentes acolhidos e que têm autorização judicial para agendar visitas ao acolhimento são comunicados constantemente dos atendimentos realizados pela equipe técnica da Seds.
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