Nesta segunda-feira (11), apenas veículos de placas terminadas em número ímpar poderiam circular nas avenidas e demais vias da Região Metropolitana de São Luís. A decisão é da Medida Provisória nº 313, editada pelo governador Flávio Dino, e tem como objetivo reduzir o fluxo nas vias. O rodízio vai até quinta-feira (14).

Porém, não foi bem isso que o Jornal O Imparcial apurou na manhã desta segunda. Apesar da diminuição da circulação de veículos desde o início da quarentena e também do lockdown, constatamos em um período de aproximadamente 45 minutos de observação que na Avenida Rei de França cerca de 300 carros com placas pares circularam pelo local.

O rodízio é aplicado em São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. Pela medida, carros de placas finalizadas em número ímpar poderão circular nesta segunda (11) e quarta-feira (13); já veículos de placas terminadas em número par, circulam nesta terça (12) e quinta-feira (14). A frota atinge cerca de 500 mil veículos na região, destes, 420 mil só na capital.

Segundo o governo, estão excluídos do rodízio os taxistas e motoristas de aplicativos; veículos de profissionais da saúde e vinculados a órgãos da saúde, da segurança pública e Defesa Civil; da coleta de lixo; transporte coletivo; portadores de deficiência e doentes crônicos com mobilidade dificultada; do Poder Judiciário; de serviços funerários; transporte de alimentos e remédios; vinculados a serviços de energia, gás, combustíveis e saneamento básico; e veículos da imprensa.

Entretanto, mesmo com essas normas colocadas no decreto, o Governador Flávio Dino em entrevista na última sexta-feira (8), afirmou que trabalhadores essenciais não poderão utilizar veículos particulares dentro do rodízio “as empresas terão que se adaptar para o deslocamento de seus trabalhadores”.

Em entrevista a um trabalhador de um órgão de imprensa, serviço considerado essencial, ele afirmou que foi parado nesta segunda e impedido de trabalhar mesmo com uma declaração e forma de comprovar seu trabalho.

Segundo o Governo do Estado, em uma de suas postagens em rede social, o propósito do rodízio é reduzir ainda mais as pessoas que trabalham em serviços essenciais.