
O padre Delson Zacarias dos Santos, de 47 anos, do Distrito Federal, está sendo acusado de diversos abusos sexuais. Segundo as vítimas, ele usava a desculpa de oferecer “doce de banana” para atrair coroinhas que integravam seu grupo.
Chegando à casa do pároco, a vítima conta que o suspeito mudou, o chamando para o quarto. “Ele quis saber se eu tinha o costume de me masturbar. Respondi que sim, achando que ele fosse me corrigir. Depois, pediu que eu tirasse a blusa, pois queria ver se eu era magrinho. Em seguida, pediu para ver minhas ‘coxinhas’. Naquele momento, o padre foi além e pediu para que eu tirasse o short”, contou.
Segundo a vítima, o padre pegou uma câmera e disse que faria algumas fotos do adolescente, pedindo para que ele ficasse de cueca. "Naquele momento, fiquei com o corpo todo tremendo, mas tive a reação de dizer que queria ir embora. Ele, então, me levou de volta, sem dizer uma palavra durante o trajeto até a minha casa”, relembrou.
Assustado, o jovem contou aos pais o que havia ocorrido e ao procurarem "outras pessoas ligadas à Arquidiocese de Brasília para contar o que estava ocorrendo e a resposta foi que o meu caso não era o único”.
O padre está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele é acusado de estupro de vulnerável, supostamente ocorrido entre os anos de 2014 e 2021.
Por se tratar de uma investigação envolvendo menor de idade, as informações sobre o caso não podem ser divulgadas pela polícia e são sigilosas até o final do processo. Uma outra vítima, na época com 13 anos, descreveu que sofreu abusos quase semanalmente por seis anos e seis meses. As denúncias fizeram a Arquidiocese de Brasília afastá-lo de suas funções.
O que diz a Arquidiocese e o padre
Ao Metrópoles, a Arquidiocese de Brasília, informou, em nota, que a igreja presta assistência protetiva e psicológica aos envolvidos e instaurou um processo de investigação. Além de ter providenciado o afastamento do acusado de seu ofício sacerdotal.
O padre Delson Zacarias se manifestou por meio do seu advogado, Everton Nobre. De acordo com o defensor do líder religioso, eles ainda não tiveram acesso ao inquérito e também não obtiveram detalhes do afastamento por parte da igreja.
Questionado sobre as denúncias de abusos, o advogado disse apenas que não entrou "nesse mérito com ele (padre), porque eu só posso conversar com ele com relação a isso quando eu tiver acesso a quem é esse menor, quando que aconteceu, como aconteceu, quem seria, qual a localidade. Então, eu não tenho como prestar informações do mérito desse assunto se eu não tiver em posse do que pesa contra ele”.
Everton disse que irá à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) tentar obter cópia da ocorrência, para tomar conhecimento dos fatos.
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