“Por exemplo, durante o final de semana pode ser que os sintomas desapareçam ou melhorem bastante, mas no domingo a pessoa já começa a sentir os sintomas mais intensos porque sabe que na segunda-feira terá que ir trabalhar novamente. O mesmo pode ocorrer também quando o trabalhador entra de férias, os sintomas melhoram bastante, mas quando ele tem que voltar ao trabalho e os sintomas retornam. Essa característica vai fazer a grande diferença”.
A médica destaca que as causas da Síndrome de Burnout são diversas e podem ir desde o excesso de trabalho, passa por longas jornadas ininterruptas e até mesmo a pressão exercida pelo gestor ou mesmo por colegas para que o trabalhador produza.
Nesse sentido, para que se busque a promoção da saúde mental também no ambiente de trabalho é fundamental respeitar a necessidade do descanso físico e mental do colaborador. “Não ter um período de descanso faz muito mal para a saúde mental. O descanso, como é o caso das férias, é extremamente necessário. Não há como viver só do trabalho, o trabalho é muito importante, mas tudo em excesso faz mal, então, uma hora esse excesso vai começar a demonstrar os seus efeitos, através dos sintomas”, considera Daniele Boulhosa.
“A saúde mental precisa ser muito observada dentro da saúde do trabalhador, mas, geralmente, a própria pessoa não consegue fazer essa identificação. Ela tem os sintomas, consegue identificar que é algo relacionado com o trabalho, mas não consegue fazer uma ligação com uma doença que demanda uma mudança de postura e de tratamento, seja com o psiquiatra ou com o psicólogo”.
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