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terça-feira, 16 de junho de 2020

PREVENÇÃO Isolamento social ainda é necessário para evitar a covid-19


Com a flexibilização de algumas atividades, muita gente relaxou nas medidas de prevenção, mas contágio continua, alerta especialista

 terça-feira, 16/06/2020, 07:29 - Atualizado em 16/06/2020, 07:29 -  Autor: Pryscila Soares/Diário do Pará

    

Nas ruas de Belém, é visível que a população está relaxando as medidas de isolamento
 Nas ruas de Belém, é visível que a população está relaxando as medidas de isolamento | Fernando Araújo

A flexibilização do funcionamento de algumas atividades consideradas não essenciais não significa que o isolamento social acabou ou que pode haver um relaxamento das medidas preventivas para conter o avanço da covid-19 no território paraense. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), no último domingo (14) o Pará ocupou o 21° lugar no ranking brasileiro de isolamento social, com a taxa de 47,02% de pessoas que se mantiveram em casa. Para os especialistas, baixos índices de isolamento são preocupantes, uma vez que a pandemia do novo coronavírus continua sendo uma realidade no Brasil e em vários países do mundo.

O percentual está longe da taxa de isolamento ideal preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a proliferação da doença, que é de 70%. Nas últimas semanas e durante o feriado prolongado de Corpus Christi, as equipes do DIÁRIO constataram essa diminuição do isolamento nas ruas, praças, feiras da capital e na orla do distrito de Icoaraci. Os cuidados, como o uso da máscara, também têm ficado em segundo plano. Nas ruas, é possível observar pessoas utilizando o acessório de forma errada, arriado no queixo, com o nariz para fora. Outras sequer utilizam. O levantamento da Segup apontou que na capital paraense e em Ananindeua foram registrados, respectivamente, os índices de 48,48% e 46,8%.

TERCEIROS

A recomendação de sair de casa somente quando for necessário continua válida. Assim como a manutenção das medidas de prevenção, como uso correto da máscara, higienização das mãos, objetos e superfícies, uso do álcool em gel e o distanciamento social. A infectologista Deborah Crespo lembra que a pandemia não chegou ao fim e isso significa que a rotina das pessoas ainda não voltou ao normal. Por isso, todas as medidas preventivas devem ser respeitadas.

“Um grande número de pessoas ainda não teve o contágio. A imunidade de rebanho é quando mais de 50% da população já foi exposta a um determinado vírus e desenvolveram anticorpos. Isso confere uma barreira na progressão da epidemia ou da pandemia. No caso da covid-19, pelos estudos que estão sendo feitos, sabemos que ainda não tem esse número de pessoas expostas. Ou seja, a maioria das pessoas ainda não tiveram infecção pela covid”, explica a médica.

Deborah Crespo ressaltou que essas pessoas ainda não expostas estão suscetíveis à contaminação, sendo que muitas podem estar dentro do grupo de risco. Outro fator que preocupa é não saber como o doente vai evoluir. Alguns necessitam de internação e podem até morrer. Para reduzir esse risco, mesmo aquelas pessoas que já testaram positivo e se recuperaram da covid-19 precisam manter o distanciamento. Isso evita que a pessoa leve o vírus para terceiros indiretamente.

“O uso da máscara em ambientes públicos é a principal forma de diminuir o grau transmissão e contágio. Ainda não temos uma vacina nem uma condição mais segura de conter essa transmissão. Pessoas do grupo de risco estão sendo contempladas com todos os decretos do governo, pelos órgãos públicos e empresas, para que exerçam o trabalho remoto”, lembra. “Mas tem de entender que esse isolamento contempla não só o trabalho, é para as mais diversas atividades ou tarefas. E essa pessoa que ainda não foi exposta tem de ter cuidados redobrados, velando a própria saúde e de todos. E para que não traga o vírus ao âmbito familiar”, reforça.

Isolamento Belém

O Pará ficou no 21° lugar no ranking brasileiro de isolamento social no último domingo (14), com a taxa de 47,02% de pessoas se mantendo em casa para evitar a proliferação do novo coronavírus.

Na capital paraense e em Ananindeua, foram registrados, respectivamente, os índices de 48,48% e 46,8%.

Em Belém, incluindo os distritos, entre os bairros com as maiores taxas de pessoas em casa estão Maracangalha (63,2%) e Val-de-Cans (60,7%). As piores taxas ficaram com Tenoné (29,5%), Pratinha (29,7%) e Maracajá (30,3%).

Em Ananindeua, os melhores índices foram registrados no Curuçambá (57,1%), Levilândia (57,1%) e Icuí-Laranjeira (55,3%); as piores taxas foram observadas no Icuí-Guajará (36,1%), Guanabara (38,9%) e Paar (39,3%).

Pará tem 71 mil casos confirmados da doença

A Secretaria de Estado de Saúde do Estado (Sespa), confirmou mais 150 novos casos de Covid-19 e 49 óbitos causados pela doença e que foram cadastrados nos sistemas do Estado ontem (15) e que ocorreram nos últimos 7 dias. Já em relação a subnotificação das prefeituras, foram confirmados mais 1.869 casos e 48 óbitos de coronavírus acontecidos em dias anteriores. Agora, são 71.243 casos e 4.291 óbitos no Pará causados pela doença.

Desde a última sexta-feira (12), a Sespa passou a divulgar o boletim diário com casos cadastrados no dia, mas que ocorreram nos últimos 7 dias, além dos que ocorreram em períodos anterior, assim como os óbitos são informados nesse modelo. Hoje o Estado possui uma ocupação de leitos clínicos de 50.91%, enquanto que as UTIs Adulto estão com 64,69% de ocupação. UTI Neonatal tem 60% e as Pediátrica estão com 82,61% com pacientes.

O boletim também informou que o Estado possui 6.878 casos descartados de Covid-19, 223 exames em análise e outros 55.864 pacientes se recuperaram desde o início da pandemia. Só em Belém são 16.255 contaminados pela doença e 1.749 mortes, com taxa de mortalidade de 10.76%. DOL

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